Talvez o termo “remendar” capte
melhor a nova natureza do trabalho separado do grande projeto de missão
universalmente partilhada da humanidade e do não menos grandioso projeto de uma
vocação para toda a vida. Despido de seus adereços escatológicos e arrancado de
suas raízes metafísicas, o trabalho perdeu a centralidade que se lhe atribuída
na galáxia dos valores dominantes na era da modernidade sólida e do capitalismo
pesado. O trabalho não pode mais oferecer o eixo seguro em torno do qual
envolver e fixar autodefinições, identidades e projeto de vida. Nem pode ser
concebido com facilidade como fundamento ético da sociedade, ou como eixo ético
da vida individual. (Zygmunt Bauman, Modernidade Líquida, p. 160)
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